
Pesquisa
Bem-vindo à nossa aba Pesquisa! Aqui, colocaremos algumas de nossas referências principais que utilizaremos para nosso trabalho.
Sumário
O artigo se inicia com um emocionante parágrafo em que o autor fala sobre o privilégio de poder ser um educador, por mais desvalorizada que seja sua profissão. Ele relata a alegria e responsabilidade de poder moldar o futuro do mundo.
Relacionando a arte à educação, afirma que “A arte humaniza, e se ela humaniza, precisamos mais do que nunca, da sua utilização no meio educacional e mais ainda na sociedade de modo geral.”. Ou seja, a arte, assim como saber multiplicar e dividir, nos é útil e nos é absolutamente necessário para viver em sociedade. A escola, como base do nosso aprendizado, deveria ser responsável em grande parte por cultivar essa humanização e empatia em nós, e isso pode ser feito por meio da arte, já que “Para se trabalhar com a Arte é necessário promover um diálogo entre o expectador e a obra. Fazê-lo entender, analisar, observar, perceber, distinguir, criticar e apreender o sentido da expressão relatada pelo autor.”.
“Das mesmas salas de aula que saem até hoje os políticos corruptos, os menores do tráfico, os bandidos perigosos, podem sair seres verdadeiramente humanos, comprometidos com "o outro", que nada mais é do que nosso auto-reflexo.”. É justamente por isso que devemos insistir na qualidade do ensino básico, assim como na inserção da arte. É por meio dela que podemos ver “o outro”, conhecê-lo e empatizar com ele. Afinal, segundo Carl Rogers, “Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.”. A arte nos ensina isso, nos mostra como fazê-lo.
Rosa Soares conclui a dissertação dizendo que “Colocar a Arte como um instrumento sub-importante em meio ao monstruoso mundo de regras gramaticais é um pecado mortal.”. Ou seja, não podemos ou devemos olhar para a arte com esse estigma de que é “inútil”, muito menos “coisa de gente burra”. Acho que, especialmente nessa quarentena, começamos a valorizar mais quem trabalha na indústria artística: pergunte-se, o que você mais fez na quarentena? Ouviu música? Viu séries? Filmes? Essa área de conhecimento e produção tem muito valor, e já passou da hora de o percebermos.
- Luana
SOARES, Alexsandro Rosa. A importância da arte para a socialização. Revista Iberoamericana de Educación, Rio de Janeiro, v. 42, n. 2, p. 1-3, 7 mar. 2007.
Uma das perguntas que aflige o ser humano a séculos é o “para que serve a arte?” e, apesar de milhares de pessoas - sejam estudiosos, artistas, filósofos - terem procurado incansavelmente por uma resposta, muito se foi levantado, mas nada pode ser dado como definitivo. Em uma sociedade capitalista, cada vez mais os artistas se vêem forçados a justificar o porquê de a arte ser algo tão essencial para as nossas vidas, porque deve ser mantida no currículo escolar, uma vez que é classificada como uma perda de tempo e algo supérfluo em muitos discursos atualmente.
O artigo de Rose Meri Trojan aborda justamente o fato de que a beleza das manifestações artísticas estar no fato de elas não serem justificáveis e categorizáveis, mas sim revelaram algo muito intrínseco e subjetivo de cada ser humano. Mas, ao mesmo tempo, a estudiosa diz que é essa característica particular da arte que revela a sua necessidade de existir; todos nós precisamos de uma forma de escapismo para as nossas emoções e angústias pessoais e isso é algo que apenas a arte pode nos oferecer. A arte, portanto, acaba por ter função humanizadora, uma vez que permite que entremos em contato com aquilo que mais nos torna seres humanos: nossas emoções.
Ademais, a arte não se restringe a pessoalidade - embora essa seja uma de suas principais características -, mas também possui um caráter universal, uma vez que é consumida em seus mais diferentes formatos nas mais diferentes localidades e culturas. A partir desse ponto levantado que é levantada uma grande contradição que envolve o mundo artístico, enquanto a arte é considerada um caminho de carreira não viável, ela é, simultaneamente, a coisa mais consumida no planeta durante o lazer das mesmas pessoas que realizam esse tipo de comentário. É importante reconhecer, portanto, que as artes não só uma espécie de lazer glorificado, mas algo mais amplo, diverso e necessário.
O debate quanto a necessidade das manifestações artísticas - que é abordado na pesquisa acadêmica em questão - acaba por ser um tanto elitista, uma vez que não dá voz a artistas de rua e transporte público, excluindo uma das formas de manifestação que é tão importante como todas as outras. Nosso trabalho, portanto, busca debater não só a importância da arte em nossas vidas, mas a desses artistas em específico.
- Laura
TROJAN, Rose Meri. A arte e a humanização do homem: afinal de contas, para que serve a arte?. Educar em Revista, [s.l.], n. 12, p. 87-96, dez. 1996. FapUNIFESP (SciELO).
O livro escrito pelo aluno da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), uma das inúmeras vertentes de ensino da Universidade de São Paulo, apresenta o impacto da inserção da rede de transporte metroviário em relação ao modo de ir e vir de não somente os representantes públicos de meados de 1900, mas sim de uma maioria trabalhadora paulistana que poderia tornar sua ida e vinda de casa ao trabalho mais eficaz. Eficácia essa que possibilitaria agora que pessoas se relacionassem entre si, assim como ter uma moradia um pouco mais distante do local laboral, sem depender do tão requisitado carro.
O projeto de Prestes Maia, engenheiro civil e arquiteto responsável pela urbanização da cidade de São Paulo, plano qual atuou até sua morte em 1965, em relação ao sistema metroviário de São Paulo, apresentava problematizações constantes e inacabáveis, sendo eles mais complicados em relação a criar um transporte subterrâneo no meio de várias construções e fundações, transformar um meio utilizado na agro-exportação em algo que leva humanos aos lugares.
A construção de um local com alto contato entre pessoas desconhecidas possibilita uma conexão maior entre todos, fazendo com que todos compartilhem uma pequena parte de sua própria cultura, sendo vendendo pulseiras feitas de miçanga, cantando sua música preferida, ou até ficando em silêncio, apreciando (ou não) sua viagem. Tudo que fazemos mostra um pouco quem somos, até mesmo o nosso silêncio. E são essas pequenas interações que constroem nossa cidade, nossa cultura, nosso país.
- Matheus
LAGONEGRO, Marco Aurélio. Metrópole sem metrô: transporte público, rodoviarismo e populismo em São Paulo (1955-1965). 2004. 524 f. Tese (Doutorado) - Curso de Arquitetura, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
O texto tem como pauta, mostrar ao leitor, de que modo se dá a construção do espaço do metrô e como ele impacta a população que o utiliza, abordando as consequências sociais.
O texto começa apresentando sobre como não utilizamos o metrô apenas como passagem. Sua utilização envolve a construção de toda uma experiência, desde descer os andares até andar no meio de outros usuários. Isso nos mostra que nunca passamos por um local apenas físicamente, mas também, construímos uma relação pessoal em uma dimensão particular com o espaço.
Desde a maneira como nos portamos fisicamente nesse espaço, tendo em vista, comportamentos, posicionamentos no espaço, até a relação tecnológica entre os bilhetes, as linhas e os carros fazem parte da análise que nos mostra a complexidade do espaço.
Tendo em mente o Metrô do Rio de Janeiro, a autora faz uma comparação entre esse e o espaço do mundo de fora desse "underground". Vendo o metrô do Rio como um sistema limpo, bem cuidado e aprazível, ela utiliza do conceito de Heterotopia de Foucault, que fala sobre um espaço ordinários realizados diferentemente das utopias. Para ela esse espaço se encontra em oposição ao mundo caótico e sujo do "mundo afora".
Depois de ler esse texto, nos sentimos quase que obrigados a repensar a maneira como passamos e vivenciamos o metro. De que esse não é apenas um lugar de passagem e que ele em si possui uma prática e uma dinâmica própria e particular, ele em si engloba vários aspectos que uma visão simplista de que ele é apenas um “meio de transporte”, um “método de locomoção da cidade” não é capaz de abordar sua totalidade.
- Arthur
CAIAFA, Janice. Tecnologia e sociabilidade no metrô. E-compós, [s.l.], v. 11, n. 1, p. 1-15, 10 dez. 2008. E-compos.