Esquenta Móbile na Metrópole - Liberdade
- mnm202cg1
- 24 de mar. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de jun. de 2020
Era onze da manhã num sábado. Ninguém tinha muita coisa pra fazer, afinal era a segunda semana de aula? Não sei, não lembro. Alguém mandou no grupo “Vamos pra Liberdade?” e a gente topou. Nem pensamos muito, só combinamos o horário na estação, que depois virou o horário que nós íamos nos encontrar na casa da Malau porque o pai dela podia nos levar.
Começamos nosso passeio no 89ºC, um café cheio de coisas maravilhosas e que, para uma pessoa que só é conquistada pelo estômago, foi o verdadeiro paraíso. Ficamos lá um bom tempo, rindo bastante, comendo horrores e colocando a conversa em dia, porque os almoços em dias de integral nunca parecem ser suficientes.

O próximo destino foi a feirinha de artesanato da Praça da Liberdade, onde eu fiquei tentada a comprar um monte de coisa. Inclusive, escrever isso me lembrou que eu realmente preciso voltar pra lá (é óbvio que depois de tudo que tá acontecendo com o Coronavírus), porque realmente é um lugar único.
Se for para descrever a Liberdade em uma palavra acho que seria isso: único. Possivelmente o único lugar da cidade de São Paulo em que você pode comer uma coxinha deliciosa e balas japonesas na mesma tarde. Também é o único lugar que a gente pode ir na Ikesaki, comprar produtos de beleza a preço de banana e andando mais dois quarteirões ir até o Sebo do Messias, o meu lugar preferido do planeta.

Em geral, eu amo sebos. Para mim parece fantástica a ideia de comprar um livro que tem duas histórias: a história dele e a história da pessoa que o tinha antes de mim (créditos da reflexão vão à Sophia Lauar). Eu poderia ficar horas lá, só olhando e me encantando por cada um deles. Não foi a toa que eu saí de lá com uma sacola pesada levanto oito para casa.
O próximo destino foi uma padaria ali do lado, amontoadas em uma mesa pequena, colocando unhas postiças recém compradas e colocando uma aposta na roda: quem iria aguentar mais tempo com elas. Conclusão: ninguém sabe quem ganhou porque as unhas já foram se perdendo no caminho de volta e nós não fomos capazes de estabelecer um critério de até qual unha a perda era por W.O. ou desistência.
Mas não parou por aí e lembrando de tudo isso agora que eu me dei conta o quanto esse dia foi longo e verdadeiramente especial para mim. Chegando na Estação Moema, que era para ser nossa parada final, alguém sugeriu ir para a Ofner ali do lado. E nós fomos e passamos horas e horas conversando, como nunca tínhamos feito.
Posso afirmar que esse foi um dos dias que eu mais vi a cidade de uma maneira diferente e foi muito bom.
Laura
Fotos: Laura
Endereço do Sebo do Messias: Praça Dr. João Mendes, 140 - Sé, São Paulo
Endereço da Ikesaki: Av. da Liberdade, 146 - Liberdade, São Paulo
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